O ex-líder separatista catalão Carles Puigdemont regressou à Catalunha após sete anos de exílio, desafiando um mandado de prisão pendente por alegado desvio de fundos. Puigdemont, de 61 anos, fugiu para a Bélgica após uma tentativa fracassada de secessão em 2017 e tem vivido no exílio desde então. Sua volta visa reacender o movimento de independência, que tem perdido apoio nos últimos anos.
A Catalunha tem sido palco de uma disputa de longa data sobre a independência da Espanha. Em 2017, um referendo sobre a independência foi realizado, apesar de ter sido declarado ilegal pelo governo espanhol. A tentativa de secessão fracassou, e vários líderes separatistas, incluindo Puigdemont, fugiram para evitar a prisão. Agora, com a eleição de um novo líder regional em maio, Puigdemont vê uma oportunidade de reacender o movimento de independência.
A volta de Puigdemont foi recebida com entusiasmo por seus seguidores, que o consideram um herói. No entanto, a polícia catalã e o governo espanhol têm expressado preocupação com a possibilidade de distúrbios. A prisão de Puigdemont pode atrasar a posse do novo governo socialista na Catalunha e colocar em risco a aliança frágil entre o governo nacional e o partido de Puigdemont, Junts.
“Estou aqui para denunciar e lutar contra a anomalia democrática que nos obriga a correr o risco de uma detenção arbitrária e ilegal”, disse Puigdemont em um vídeo publicado nas redes sociais. O secretário-geral do partido de extrema-direita Vox, Ignacio Garriga, afirmou que “não toleraremos a humilhação de ver um criminoso e fugitivo da justiça entrar no parlamento”.
A disputa sobre a independência da Catalunha tem raízes profundas na história e na cultura da região. A tentativa de secessão em 2017 foi um momento crítico na disputa, e a fuga de Puigdemont e outros líderes separatistas foi vista como uma derrota para o movimento. No entanto, a volta de Puigdemont pode ser vista como um sinal de que o movimento de independência ainda tem vida.
A prisão de Puigdemont pode ter consequências significativas para a política catalã e espanhola. O governo socialista na Catalunha pode ter dificuldades em manter a estabilidade, e a aliança com o partido de Puigdemont pode ser colocada em risco. Além disso, a volta de Puigdemont pode reacender o movimento de independência, levando a novos distúrbios e tensões na região.