A taxa Euribor a seis meses registou uma descida significativa, atingindo os valores mais baixos dos últimos 12 meses, conforme noticiado recentemente, esta taxa, que é amplamente utilizada em Portugal para os créditos à habitação com taxa variável, foi fixada em 3,695%, um valor que representa uma redução de 0,016 pontos percentuais comparativamente à sessão anterior e um mínimo desde maio de 2023.
Esta descida insere-se num contexto de ajustamentos monetários por parte do Banco Central Europeu (BCE), que em 6 de junho decidiu reduzir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base. Esta medida surge após um período prolongado de aumentos, com o BCE a subir as taxas em dez ocasiões desde julho de 2022, motivado pela necessidade de controlar a inflação na Zona Euro. A manutenção das taxas no nível mais alto desde 2001 por cinco reuniões consecutivas precedeu a recente redução, sinalizando uma mudança na política monetária.
Além da Euribor a seis meses, a taxa a três meses também sofreu alterações, sendo fixada em 3,717%, um ligeiro aumento de 0,006 pontos percentuais. Em contraste, a taxa Euribor a 12 meses recuou para 3,600%, evidenciando uma tendência de queda generalizada das taxas de juro a mais longo prazo.
A evolução das taxas Euribor é uma preocupação constante para os detentores de crédito à habitação, uma vez que estas influenciam diretamente o valor das prestações mensais. Com a expectativa de que as taxas Euribor continuem a descer até ao final do ano, os analistas antecipam que possam estabilizar em torno de 3%, proporcionando algum alívio para os consumidores que enfrentam encargos financeiros elevados.
A próxima reunião de política monetária do BCE está agendada para 18 de julho, sendo esperada uma manutenção das taxas atuais, com previsões de novas descidas nas reuniões de setembro e dezembro. Estas decisões serão cruciais para definir a trajetória futura das taxas Euribor e o seu impacto na economia doméstica e europeia.
A recente queda da taxa Euribor a seis meses para mínimos de um ano reflete as mudanças nas políticas monetárias do BCE, que procura ajustar-se às condições económicas e controlar a inflação. Os próximos meses serão determinantes para observar se esta tendência de descida se mantém, influenciando positivamente as prestações dos créditos à habitação e aliviando a pressão financeira sobre os consumidores.