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Não Há Líder Sem Inteligência Emocional

Inteligência Emocional Na Liderança

Através do estudo de doentes com traumas no cérebro, o Prof. António Damásio concluíu que, quando as ligações entre os centros de processamento das emoções e os das decisões são danificados, o doente, mesmo que mantenha a inteligência e a memória intactas, fica severamente diminuído na capacidade de tomar decisões práticas na sua vida social e do dia e dia.

A cada opção no nosso futuro imediato associamos determinados estados emocionais e sensoriais do nosso corpo, quer positivos, quer negativos, na sequência de toda a experiência social e individual anterior. Sem esta capacidade de anteciparmos esse futuro estado emocional e sensorial de cada opção potencial, ficamos perdidos no mar de opções abstractas e sem qualquer significado subjetivo, incapazes de atribuir um potencial de recompensa ou de castigo a cada uma desssas opções e de avaliar a respetiva vantagem ou desvantagem prática. Não temos memória emocional.

Para além destes casos patológicos, onde existe um trauma, causado por um acidente, um ato violente ou um cancro por exemplo, cada um de nós tem uma inteligência emocional maior ou menor, QE (Quoficiente Emocional), que determina a nossa capacidade de decisão.

O Quoficiente Emocional é a medida do reconhecimento das nossas próprias emoções e dos outros e a consequente gestão e expressão de emoções na ação individual e social. Nem sempre estamos conscientes da emoção que está a delimitar a nossa ação e demasiadas vezes não somos capazes de olhar para a expressão facial e corporal doutra pessoa e associar corretamente a emoção correspondente. Outras vezes, conhecemos a emoção, nossa e do outro, mas agimos sem a contenção necessária para negociar a melhor solução, quer nas reações do nosso próprio corpo, quer na relação com os outros.

Nas experiências rudes que vivemos nas cidades digitais, a pressão para nos adaptarmos, decorrente das mudanças rápidas e brutas no ambiente, aumentou substancialmente, o que torna crítico que cada um de nós saiba gerir as suas emoções. Mas, noto e reitero que não se trata apenas de gerir essas emoções. É preciso conhecê-las. Nem sempre sabemos a emoção que estamos a sentir. Ou a emoção que o outro está a sentir. E abusamos do convicção que sabemos. Muitas vezes, o primeiro problema a enfrentar é essa dissonância cognitiva entre o que pensamos que sabemos e o que efetivamente sabemos.

Uma empresa é uma organização de pessoas, onde cada pessoa decide ações no âmbito da sua competência e responsabilidade, incluindo decisões sobre a relação com colegas de trabalho, fornecedores e clientes, que afetam as emoções dessas pessoas. O que cada uma destas pessoas sente em relação a essas interações determina o grau de comprometimento de cada trabalhador e de satisfação de cada cliente com a empresa.

Se uma organização de pessoas, para outras pessoas, está dependente da competência dos seus trabalhadores de conhecerem e gerirem emoções, temos que reconhecer a importância do Quoficiente Emocional, enquanto indicador do potencial desses indivíduos para cumprir as suas funções com sucesso.

Um estudo da Talent Smart descobriu que 90% dos trabalhadores com maior produtividade tinham um QE elevado, enquanto 80% dos trabalhadores com menor produtividade tinham um QE baixo.

E, por maioria de razão, o líder dessa organização, de cada grupo de trabalho nessa organização, peça fulcral para direcionar a ação de cada membro do grupo no sentido dum objetivo comum, é necessariamente uma pessoa com um QE elevado, dado que precisa de influenciar o comportamento das pessoas que lidera positivamente.

Num grupo de trabalho, o stress pode causar uma sobrecarga de emoções negativas. Um líder precisa de retirar toda a informação emocional e relevante de cada interação pessoal e social de modo a reconhecer todas essas emoções negativas, incluindo as suas, de ser capaz de encontrar as melhores soluções para gerir essas emoções, através do seu exemplo de contenção, de regulação das suas emoções, da comunicação dessas soluções para e entre os membros desse grupo, da motivação das ações individuais, da empatia e simpatia pelo outro, da construção dum ambiente de confiança e de co-responsabilização, para integrar o individual no coletivo, envolvendo cada trabalhador nos objetivos da empresa

Cada um de nós pode desenvolver um plano individual desenhado para aumentar o respetivo quoficiente emocional, devido à plasticidade do cérebro.

A comunicação intrapessoal é fundamental. Quem não é capaz de cuidar de si próprio não pode ter qualquer expetativa de influenciar os outros.

Através da autocrítica, podemos fazer uma análise introspectiva das nossas emoções, diferenciá-las, ficar consciente de quais e como essas emoções afetam as nossas decisões e ações e avaliar os nossos pontos fortes e fracos.

Aristófanes, dramaturgo grego, satiriza o filósofo Sócrates, na peça As Nuvens. Um dos personagens, um pai, diz ao filho: “E você conhece a si mesmo, o quanto ignorante e estúpido você é”. Não vou comentar a crítica do Aristófanes aos sofistas e a Sócrates em particular. Cito a frase para refletir sobre o número de vezes que fui ignorante e estúpido, convencido que sabia e estava a ser inteligente. Precisamos de saber quem somos, para superarmos as nossas limitações e sermos melhores do que somos.

Mas, não é suficiente saber. Precisamos de controlar as nossas emoções, para decidir e agir em função desse conhecimento. É importante conhecermos o mecanismo fisiológico do stress, de que forma é que afeta o nosso corpo, quando é que os nossos músculos ficam tensos, que alterações é que ocorrem no nosso ritmo respiratório e quais as técnicas de relaxamento, de alongamento dos músculos, de respiração, de visualização, entre outras, que podemos usar para aprender a domar o nosso próprio corpo.

É tão bonita a ideia de que somos pessoas através doutras pessoas. Como é que se constroem essas relações pessoais e sociais de interdependência, onde cada indivíduo é influenciado e afeta o todo?

Com empatia e simpatia. Por empatia, entendo a capacidade do eu de ler o outro, de tal modo que identifica as emoções que o outro está a sentir. O eu tem memória de situações da sua experiência pessoal e social onde sentiu aquele mesmo estado emocional do outro e é capaz de ver o mundo pelo olhar do outro. Simpatia, o eu sente com o outro, há uma relação de partilha de emoções através da qual o eu é afetado pelo outro e oferece o seu afeto ao outro.

Tanto a empatia, como a simpatia, são ferramentas que um líder deve usar para decidir e executar, em cada situação, as melhores soluções para o grupo, agindo muitas vezes com a empatia dum médico, que sabe, mas não pode ser afetado e afetar o outro, mas sem ignorar os momentos adequados para partilhar as suas emoções com o grupo, pela simples razão que o líder é membro do grupo e não pode estar separado do grupo. Lidera de dentro do grupo.

Ainda este semana conversei com um estudante de Psicologia sobre as diferenças entre empatia, simpatia e compaixão. A ciência ensina tanto com tão antigas palavras…

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