Inicialmente, antes de entendermos o processo de inovação, é necessário compreendermos o que é inovação. Etimologicamente inovação é uma palavra derivada do latim innovatio e refere-se a uma ideia, método ou objeto criado e que pouco se parece com padrões anteriores.
Inovar não consiste em deitar e esperar que uma ideia milagrosa surja e que esta o guie ao sucesso. Inovar começa pelo problema, que é a base da inovação. Por meio do problema é que conseguirá enxergar e reconhecer uma inovação que poderá lhe levar ao sucesso. Para tanto, é necessário, primeiramente, analisar crítica e intimamente o problema, buscando estuda-lo exaustivamente até sentir-se íntimo dele. Este o primeiro passo no processo de inovação. Após ter certeza que já sabe tudo sobre o problema, siga para o próximo passo do processo de inovação, que é justamente encontrar a solução para o problema estudado.
Nossa sociedade está repleta de problemas em todas as esferas, desde áreas básicas, como as de saneamento básico, até as áreas mais modernas da engenharia.
O processo de encontrar uma solução para um problema é o mais lento e o mais importante. Pessoas que não sofrem com o problema, normalmente possuem maior dificuldade em entende-lo. No entanto, após compreende-lo será mais fácil chegar a uma solução.
Achar a solução para o problema não é a última etapa do processo, visto que, uma vez que encontrada, é necessário validá-la. Para concluir esta etapa, é então necessário colocar em prática seu problema, em um ambiente controlado e com uma supervisão criteriosa e detalhista.
Após conhecer o problema, apresentar uma solução e validá-la, o próximo passo do processo da inovação é levar a solução para o mercado. E isso vai além do marketing e publicidade, mas de saber como apresentar a ideia para o mercado. Lembre-se que por mais que uma ideia seja excelente para a resolução de um problema, ela pode não ser bem aceita pelos usuários, caso sua inserção e apresentação não sejam adequadas.
Um bom exemplo de solução que foi validada, mas que não soube se vender no mercado foi a Startup Addieu, de Brian Pappa, que morreu em 2011. A startup oferecia um app que dava “adeus” aos cartões de visitas, criando uma agenda de contatos que possibilitava integração com as diversas redes sociais acrescidas de algumas facilidades de uso, tais como conexão e inclusão de contatos via bluetooth. Embora tivesse uma solução interessante para o problema, o projeto não havia sido validado de forma correta e a falta de conhecimento do mercado, prejudicou o marketing do produto.
Outro exemplo, é o do CEO Niclaus Mewes, um dos fundadores do mytaxi (o primeiro aplicativo de taxi do mundo). Lançado em 2009, inicialmente ele precisou validar a solução de sua ideia em um ambiente controlado, uma pequena cidade, com 200.000 habitantes e cerca de 1.500 taxistas. Ao final da validação da solução, Mewes tinha um produto muito diferente do que havia planejado. Nem tudo que pensamos ser a melhor opção é o que realmente funciona na prática. Com a validação foi possível verificar como os usuários realmente usavam o aplicativo, o que funcionava, o que não funcionava e o que precisava ser implementado.
Por fim, para fecharmos o ciclo da inovação, após conhecermos o problema, propormos a solução, validarmos e inseri-la no mercado, é preciso manter a solução funcional e estável. Nenhuma solução chega ao mercado pronta e imutável. É notório que uma vez em uso, o produto comece a se transformar e evoluir com o tempo. É a experiência do usuário que vai indicar o que permanece na solução, o que deve sair e o que precisa ser melhorado. Para isso, a empresa inovadora precisa ter uma equipe pronta para implementar as novas mudanças e infraestrutura necessárias para manter a solução funcionando.
O processo de inovação é um caminho lento e difícil de ser trilhado, mas é a única maneira de se resolver um problema de forma eficiente. Inovar é desenvolver ideias inéditas e transformá-las em soluções duradouras e satisfatórias.