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Alterações Climáticas: Mito Ou Realidade?

Segundo o “Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas” (da sigla em inglês IPCC) uma mudança/alteração climática é uma variação a longo prazo estatisticamente significante num parâmetro climático médio (ex. temperatura, precipitação, ventos) ou na sua variabilidade durante um período alargado (que pode durar de décadas a milhões de anos).

Alterações Climáticas: “Uma verdade inconveniente”

O assunto das Alterações Climáticas tem sido amplamente discutido em termos políticos, tendo ganho especial relevância depois do ano de 2006, quando Al Gore, ex-vice-presidente na era de Clinton, fez chegar à opinião pública o documentário denominado “Uma verdade inconveniente”.

A partir desse momento, e enquanto uma sucessão de imagens tenebrosas de glaciares a derreter, previsões de cheias e outras catástrofes ambientais ia ilustrando os gráficos das temperaturas da terra ao longo de várias eras, e à medida que a típica música épica que apela ao temor e a sensações mais primitivas ia ressoando, a sociedade parou e naquele momento de divulgação começou a recear profundamente a possibilidade quase certa da ocorrência breve de um cenário apocalíptico.

Até à data de lançamento do documentário já existiam acesas discussões entre painéis de especialistas sobre a veracidade do aquecimento global e a sua consequente atribuição de causa às emissões de CO2 para a atmosfera. As opiniões dividiam-se e da mesma forma que os especialistas não estavam de acordo, também os meios de comunicação social começaram a dividir-se entre ideias distintas, sendo que a única que prevalecia, era a de que era verdadeiramente necessário estudar mais a fundo o problema.

Nos tempos que correm encontramos ainda a mesma discussão, e aquilo que o documentário de Al Gore deu como certo – a responsabilidade do homem e das emissões de CO2 como principais causadores das alterações climáticas – ainda não o é.

Alterações Climáticas: as alterações climáticas não existem ?

Entre aqueles que rejeitam as conclusões globalmente aceites, sobre Alterações Climáticas (e decorrentes da tão afamada “Verdade Inconveniente”) estão milhares de cientistas reputados, sendo que em Portugal é de destacar o trabalho do Professor catedrático Dr. José J. Delgado Domingos, do Instituto Superior Técnico.

José Delgado Domingos defendia que as Alterações Climáticas não existem e aquilo que acontece, de forma perfeitamente esperada e normal são variabilidades climáticas e potenciais Alterações Climáticas, que tanto podem ser de aquecimento como de arrefecimento. Defendia ainda que Al Gore interpretou de forma errada e pouco científica, os dados que apresentou no documentário e aproveitou para realizar um marketing de terror a fim de criar a perceção de uma catástrofe iminente, levando a que a maioria das pessoas reagisse como se a catástrofe fosse certa, sujeitando-se por isso a mudanças drásticas no seu comportamento em prol de um bem maior, e que de outro modo rejeitariam.

Por outro lado, os defensores da teoria de aquecimento global regem-se por três pontos fulcrais em que acreditam. Acreditam que está provado que a Terra está a aquecer de forma anormal, bem como que esse aquecimento extremo é causado pelo dióxido de carbono que o homem lança para atmosfera através da sua atividade diária de produção e consumo, e por fim que o combate às emissões de CO2 está perfeitamente ao nosso alcance, bastando para isso apenas aplicar determinadas medidas básicas que poderão até em última instância vir a gerar emprego.

Existindo, ninguém pode por em causa que o aquecimento global anormal poderá trazer consequências gravíssimas para o nosso planeta, até porque as suas consequências são facilmente identificáveis e vão desde a subida drástica do nível médio das águas do mar, o degelo das calotes polares, o risco de arrefecimento drástico, bem como o aumento do número e frequência de ocorrência de catástrofes ambientais.

Alterações Climáticas

Os que defendem a teoria de aquecimento global apresentam várias provas nesse sentido, dando a conhecer que, não só os dez anos mais quentes dos últimos cem se passaram todos há menos de 14 anos (e que 2005 foi o ano mais quente), mas também que a temperatura do mar tem vindo a aumentar consistentemente desde o século passado. Por fim defendem também que as calotes polares têm vindo a derreter, diminuindo consideravelmente não só em área como em espessura.

Aqueles que questionam o aquecimento global defendem que a temperatura da terra se encontra dentro do que é considerado normal, mostrando que em relação à temperatura atmosférica, no último século houve um período de subida entre os anos vinte e os anos quarenta, seguido de uma descida até aos anos sessenta (em que se chegou a temer o arrefecimento global), terminando com o aumento de temperatura que se tem sentido nos últimos anos (até 2005). Realçam ainda neste campo que o século XX não foi o mais quente do milénio, contrariamente ao que na maioria das vezes dão a entender.

No que toca às questões relacionadas com o aumento da temperatura do mar confirmam que a temperatura está a subir mas, contrariamente aos defensores da teoria do aquecimento global, consideram que está a acontecer de forma gradual desde o ano 1500 (ano em que terá ocorrido um mínimo histórico).

Por fim, e no que toca ao degelo, advogam que se trata de um processo que se tem passado lentamente desde o ano 1800, com um atraso de 20 anos relativamente a aumentos de temperatura, e que, em contradição com as diminuições de espessura apontadas, alguns conjuntos de glaciares têm vindo a aumentar nos anos recentes, pelo que não se trata de um processo irreversível.

Outro ponto de discórdia entre quem advoga a teoria do aquecimento global e quem nela não acredita é a consideração de que o dióxido de carbono libertado pela atividade humana é a principal causa do aquecimento global.

Em relação a esta questão, os defensores da teoria do aquecimento global defendem que a relação causal é óbvia. Para isso apresentam a explicação do fenómeno de efeito de estufa, em que o carbono atmosférico aprisiona o calor refletido pela superfície terrestre, contribuindo para uma subida da temperatura atmosférica, permitindo assim a construção de uma base lógica de causalidade entre carbono e aquecimento.

Os que contrariam a teoria do aquecimento global aceitam todavia o efeito de estufa mas apontam para o facto de não se saber qual a intensidade desse efeito, nem a quantidade de CO2 que seria necessário libertar para que isso se verificasse.

Por fim, e em termos económicos ambas as fações divergem mais uma vez.

Do lado dos defensores do controlo das emissões de CO2 há dois argumentos fundamentais e que passam não só pela noção de que atualmente se dispõe da tecnologia necessária para o fazer (e que consequentemente ao fazê-lo conseguir-se-á uma rentabilização dos investimentos), mas também pela noção de que ao ser necessário haver um controlo de emissões se contribuirá para a criação de um grande número de postos de trabalho.

Pelo contrário, quem acha que o controlo de emissões é meramente outra estratégia política, defende que para se reduzirem as emissões de CO2 será sempre necessária uma redução da produtividade, já que a legislação ecológica apresenta sempre restrições à atividade industrial, sendo que, este fenómeno acaba por prejudicar de forma mais preponderante os países que se encontram atualmente em desenvolvimento.

As ideias sobre as Alterações Climáticas variam tanto quanto quem acredita nelas. Vários prismas são utilizados para observar um mesmo fenómeno. Todos sentimos na pele os verões cada vez mais secos, as cheias no inverno e o frio que corta. Mas será que não terá sido sempre assim?

Podemos apoiar qualquer um dos lados em relação à teoria do aquecimento global mas uma coisa é certa: o rigor e a bipolaridade das estações do ano têm-se vindo a sentir.

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Comentários

2 Responses

  1. Excelente texto. O último parágrafo acaba por desmistificar o mais importante, visto que este jogo de posições que pretende justificar as causas acabam por resultar numa inatividade perante um fenómeno que é bem real.
    Acaba por dar entender uma impotência ou falta de vontade perante o nosso sistema institucional em agir curto médio prazo perante reais problemas. Na minha opinião irá ser uma intervenção a nível local e não a nível global.. O que por si só diz tudo

  2. Como é lógico, estamos perante um problema de ordem científica, e é necessária muita serenidade e rigor para encontrar as soluções mais adequadas para os reais problemas. Claro que isso é incompatível com o abuso de menores que tem vindo a ser feito sobre as “Greta” e outros adolescentes que são lançados à histeria irracional.

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