Bom dia, Portugal! O país acordou hoje com um ritmo diferente, o da greve geral.
Se saiu de casa e sentiu que algo não estava como habitualmente, não é impressão sua, os transportes públicos estão parados, as escolas de portas fechadas e até os hospitais sentiram o impacto. As ruas, por outro lado, encheram-se de bandeiras vermelhas, cartazes e vozes que pedem justiça laboral. A greve geral de hoje, convocada pela CGTP e UGT, promete ficar na história como um dos maiores protestos dos últimos anos.
O Governo apresentou um anteprojeto de revisão da legislação laboral que, segundo os sindicatos, ataca direitos conquistados há décadas. Entre as medidas mais polémicas estão a flexibilização dos horários de trabalho, a redução de compensações por despedimento e a facilitação dos contratos a termo. Para os sindicatos, isto é um retrocesso. Para o Governo, uma forma de modernizar o mercado de trabalho.
O país parou (ou quase)
- Transportes Metro de Lisboa encerrado desde a meia-noite, comboios parados, autocarros a circular em número residual. Quem conseguiu chegar ao trabalho, fez-o a pé, de bicicleta ou com brio criativo.
- Escolas A maioria das escolas públicas fechou portas. Pais viram-se obrigados a improvisar, teletrabalho com filhos em casa ou dias de férias inesperados.
- Hospitais Serviços mínimos garantidos, mas com atrasos e cancelamentos. Os “Médicos em Luta” mantiveram-se neutros quanto à greve, mas alertaram para a “destruição” do SNS.
- Comércio e serviços Alguns estabelecimentos encerrados, outros a funcionar com equipas reduzidas.
Mário Mourão, da UGT, não excluiu uma segunda greve geral se as negociações não avançarem.
Mas nem tudo correu pacificamente, houve momentos de tensão entre piquetes de greve nos autocarros de Lisboa e no Porto e forças de segurança. A PSP interveio para evitar confrontos, mas as imagens de empurrões e discussões acesas circularam nas redes sociais.
O Governo insiste que está aberto a negociações, mas os sindicatos não parecem dispostos a ceder sem garantias.
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E você, como viveu este dia de greve? Conseguiu chegar ao trabalho? Ou juntou-se aos protestos? Partilhe a sua história!