A plataforma de comércio eletrónico Temu, propriedade do gigante chinês PDD Holdings, enfrenta uma investigação formal da União Europeia por suspeitas de falhar no combate à venda de produtos ilegais online, a Comissão Europeia iniciou processos que podem resultar em multas significativas de até 6% do seu volume de negócios global. A investigação surge no âmbito da Lei de Serviços Digitais (DSA), um marco regulatório projetado para combater conteúdo ilegal e desinformação no ambiente digital.
Desencadeada por queixas da organização de consumidores BEUC e respetivos membros nacionais, a análise visa avaliar rigorosamente as práticas da plataforma que conta com 92 milhões de utilizadores na União Europeia.
A Comissão Europeia concentrar-se-á em múltiplos aspetos críticos:
- Combate à venda de produtos potencialmente ilegais
- Desenho potencialmente viciante do serviço
- Sistemas de recomendação de compras
- Conformidade com obrigações de transparência de dados
Margrethe Vestager, responsável pela área de tecnologia da UE, foi clara, “Queremos garantir que a Temu cumpre a Lei de Serviços Digitais, assegurando que os produtos vendidos na sua plataforma respeitam os padrões europeus e não prejudicam os consumidores.”
Caso seja considerada culpada de violações, a Temu poderá enfrentar:
- Multas até 6% do seu volume de negócios global
- Exigências de modificação das suas práticas operacionais
- Possível limitação de operações no mercado europeu
A investigação reflete o crescente escrutínio regulatório sobre plataformas de comércio eletrónico, especialmente aquelas de origem não europeia. Representa um sinal claro da determinação da UE em proteger os consumidores e garantir práticas comerciais transparentes no ambiente digital, nos próximos meses, espera-se que a Comissão Europeia aprofunde a investigação, solicitando documentação e esclarecimentos à Temu. As conclusões definirão potenciais ações corretivas e sanções.