O controverso streamer Johnny Somali está proibido de deixar a Coreia do Sul e enfrenta a possibilidade de ser condenado a mais de 10 anos de prisão por acusações de agressão e uso de drogas. As suas escandalosas transmissões em directo na plataforma Kick, incluindo episódios perturbadores no Japão e Israel, culminaram numa série de confrontos com as autoridades sul-coreanas.
A trajetória de Johnny Somali como streamer é marcada por uma série de incidentes que geraram grande controvérsia, em 2023, as suas transmissões no Japão e Israel levaram-no a receber críticas públicas do influenciador e youtuber PewDiePie, que o acusou de “arruinar” o Japão, isto levou Somali a ameaçar PewDiePie com um processo judicial por supostos comentários difamatórios.
Já na Coreia do Sul, em setembro de 2024, Somali continuou as suas polêmicas, incluindo ser expulso do metro e de causar distúrbios numa loja de conveniência, no entanto o seu ato mais controverso foi beijar a Estátua da Paz, um monumento em homenagem às vítimas de escravidão sexual, este momento gerou revolta entre os sul-coreanos, levando um YouTuber local a oferecer uma recompensa de 770 dólares por informações sobre o seu paradeiro, situação que excalou e acabou em agreções.
As ações de Somali acabaram por chamar à atenção do Parlamento sul-coreano, Somali está proibido de deixar o país durante a investigação por acusações de agressão e uso de drogas. Na Coreia do Sul, o uso ou posse de drogas ilegais pode resultar em até 10 anos de prisão ou multa de até 100 milhões de won (cerca de 72.500 dólares). Já o crime de agressão pode ter pena máxima de 2 anos de prisão ou multa de 5 milhões de won (aproximadamente 3.600 dólares). Este não é o primeiro confronto legal de Somali num país asiático, após o seu julgamento no Japão, ele admitiu ter mentido ao juiz, ao afirmar que não estava a ganhar dinheiro com as transmissões e que estava a filmar “documentários”. Caso seja levado a julgamento na Coreia do Sul, Somali pode enfrentar penas severas pelas suas ações.