A partir de julho de 2024, a Grécia verá a implementação de uma nova legislação trabalhista que permitirá a extensão da semana de trabalho para seis dias em diversos setores, especialmente aqueles com operações contínuas ou altas cargas de trabalho, esta medida visa aumentar a flexibilidade operacional das empresas, mas tem gerado controvérsia significativa entre os trabalhadores e especialistas em direitos laborais.
Para muitos trabalhadores gregos, essa mudança é vista como um retrocesso nos direitos trabalhistas, contrastando com as tendências globais de redução da jornada de trabalho, a oposição baseia-se principalmente nas preocupações com o impacto na saúde e no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, embora os funcionários que adotarem a semana de seis dias sejam compensados financeiramente, incluindo um aumento substancial para o trabalho aos domingos, permanecem dúvidas sobre os efeitos a longo prazo dessa medida.
Economistas apontam que a produtividade na Grécia é consideravelmente inferior à média da União Europeia, atribuindo isso a tecnologias desatualizadas, falta de capacitação adequada e desafios burocráticos. Esta baixa produtividade já existe num contexto em que a Grécia possui a maior carga horária média de trabalho na UE, intensificando as preocupações em relação ao impacto adicional que a nova legislação poderá ter sobre os trabalhadores e a economia em geral.
Historicamente, a Grécia enfrentou desafios económicos significativos, exacerbados pela recente crise financeira e pela pandemia de COVID-19, a recuperação económica tem sido lenta, e muitos argumentam que medidas como a semana de trabalho de seis dias podem ser vistas como uma tentativa de aumentar a produtividade e impulsionar o crescimento económico, as vozes críticas argumentam que tais medidas não abordam as raízes estruturais dos problemas económicos do país.