Davis Lu, um programador de Houston, foi condenado por sabotar os sistemas informáticos da Eaton Corporation, causando prejuízos de centenas de milhares de dólares, Lu instalou um “kill switch” que desativou os sistemas da empresa após a sua demissão, enfrenta agora uma pena máxima de 10 anos de prisão.
Um “kill switch” é uma funcionalidade ou um código instalado num sistema informático que permite desativar ou desligar o sistema de forma remota ou automática em determinadas condições, Davis Lu programou um “kill switch” para ser acionado quando a conta do programador fosse desativada, bloqueando o acesso de todos os utilizadores ao sistema da empresa.
Em termos simples, é como um interruptor que, quando acionado, “mata” ou desliga o funcionamento normal do sistema, impedindo que o sitema informático continue a operar como deveria.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Lu criou um código malicioso que gerava loops infinitos, esgotando os recursos dos servidores e causando falhas no sistema, este “kill switch”, com o nome de “IsDLEnabledinAD”, verificava se a conta de Lu estava ativa no Active Directory da empresa, quando Lu foi despedido, o “kill switch” foi acionado, impedindo os utilizadores da empresa de acederem aos sistemas informáticos.
Os danos causados pela sabotagem foram estimados em centenas de milhares de dólares, no entanto, a defesa de Lu argumentou que os prejuízos foram inferiores a 5.000 dólares. Lu também apagou dados encriptados no seu portátil da empresa e pesquisou métodos para elevar privilégios e ocultar processos, segundo o histórico de pesquisas na internet.
Após um julgamento de seis dias, Lu foi considerado culpado de causar danos intencionais a computadores protegidos, um crime que pode resultar numa pena máxima de 10 anos de prisão, a data da sentença ainda não foi marcada.
“Infelizmente, Davis Lu usou a sua educação, experiência e competências para prejudicar intencionalmente o seu empregador”, afirmou Greg Nelsen, agente especial do FBI.
O caso de Davis Lu sublinha os riscos associados à sabotagem interna e a importância de medidas de segurança robustas nas empresas, com uma pena máxima de 10 anos de prisão, este caso serve como um aviso para aqueles que consideram usar as suas competências técnicas para fins maliciosos.