Portugal encontra-se sob ameaça de um novo vírus informático de origem chinesa que já afetou centenas de dispositivos móveis no país, o malware, denominado ToxicPanda, foi identificado em outubro pela empresa de cibersegurança Cleafy e já comprometeu mais de 1500 telemóveis Android, com Portugal a registar 18,7% dos casos reportados.
Ameaça Sem Precedentes
O ToxicPanda representa uma mudança significativa no panorama das ameaças cibernéticas, marcando uma das primeiras incursões de grupos chineses em fraudes bancárias direcionadas especificamente para a Europa, Itália lidera a lista de países afetados com 56,8% dos casos, seguida por Portugal, Hong Kong (4,6%), Espanha (3,9%) e Peru (3,4%).
Como Ataca o Vírus
O malware demonstra uma sofisticação preocupante na sua metodologia de ataque, “Este trojan disfarça-se através de ícones familiares aos utilizadores, como Google Chrome e VISA, além de aplicações de encontros”, explica a investigação da Cleafy. Uma vez instalado, o vírus consegue:
- Executar transferências bancárias fraudulentas
- Assumir controlo remoto do dispositivo
- Intercetar códigos de segurança SMS
- Aceder a fotografias armazenadas
- Capturar dados de outras aplicações
O foco específico em instituições bancárias europeias e latino-americanas revela uma estratégia bem delineada por parte dos atacantes, o facto de o vírus ainda se encontrar em desenvolvimento sugere que novas capacidades maliciosas podem ser adicionadas no futuro.
Para salvaguardar os dispositivos contra o ToxicPanda, os especialistas recomendam:
- Instalar aplicações exclusivamente através da Google Play Store
- Evitar fontes de download não oficiais
- Ignorar links de origem duvidosa
- Manter especial atenção a pedidos de permissões de acessibilidade
A descoberta do ToxicPanda marca um momento preocupante na evolução das ameaças cibernéticas, especialmente considerando a sua origem e alcance geográfico, a capacidade do vírus de manipular serviços de acessibilidade do Android e realizar operações bancárias fraudulentas representa um novo nível de sofisticação nos ataques direcionados.
As autoridades de cibersegurança mantêm-se em alerta, monitorizando a evolução desta ameaça que continua a representar um risco significativo para utilizadores de dispositivos Android em Portugal e na Europa.