Todo mundo já teve uma ideia, quis transformá-la em negócio, principalmente com o intuito de ficar rico. O problema é que muitos desses sonhadores não levam a ideia (que geralmente é boa) adiante, na maioria das vezes, por falta de orientação, falta de investimentos e, principalmente, a incerteza de o negócio vingar ou não. Mais ou menos nessa linha de pensamento que nascem as startups, micro empresas construídas a partir de uma ideia brilhante e tecnológica, mas que precisam sair do campo das ideias e dos rascunhos.
E o que seria uma startup? Em anos de trabalhos como consultor, já vi centenas de empresas se entitularem como Startup, mas, na sua maioria não são. Uma das definições muito usadas erroneamente é a de que uma empresa que encontra-se na fase inicial, ou embrionária, é uma startup. Outra definição errônea é a que uma startup é uma empresa que com baixo custo de manutenção, mas com possibilidade de crescer rapidamente e gerar muito lucro.
Uma startup pode ser definida a partir da ideia. Um projeto com uma ideia inovadora, não testada anteriormente (ou pouco testada) e que, em um cenário incerto, não se sabe se vai funcionar ou sustentar-se. Startup trata-se de risco, de inovação e principalmente de escalabilidade. A escalabilidade de uma startup, define-se por conseguir crescer exponencialmente sem comprometer o modelo de negócios.
O interessante do mercado de startups é que quem ganha são os consumidores, umas vez que elas trazem sempre algo novo ao mercado, seja um produto ou serviço, visando atender as necessidades do dia a dia. As startups nascem por meio de investimento próprio (ocorrência mais rara neste mercado) ou de outras grandes empresas e indústrias.
A Sambatech, uma startup de sucesso mundial, oferta, hoje, seu serviço de streaming para várias empresas no mundo e continua a crescer. O serviço ofertado pode ser escalado de forma exponencial e continua, garantindo uma qualidade padronizada para todos os clientes em qualquer lugar do mundo. Novos produtos surgiram, foram agregados à plataforma e, posteriormente, viraram outras empresas do grupo. E a Sambatech é só um exemplo de sucesso dentre vários que encontramos pelo mundo.
O mundo das Startups é muito amplo, repleto de casos de sucesso e de fracasso. Porém, fala-se muito pouco dos casos de fracasso, pelo menos no Brasil. Nos EUA é comum que empreendedores compartilhem seus fracassos, como forma de auxilio, apontando seus erros e permitindo o crescimetno mútuo. No Brasil, o fracasso é tido como algo vergonhoso, como uma derrota, fato cultural. Mas é preciso aprender com bons exemplos e fomentar na nossa cultura a ideia do fracasso como forma de experiência para crescimento e, principalmente, forma de testar seu produto e/ou serviço.
Um grande erro cometido por vários empreendedores é não conhecer seu público. E isso é fatal para uma startup. Não é porque seu projeto é web, que todos os usuários de internet serão seus clientes. Não é porque seu projeto de fastfood é inovador que todo consumidor de fastfood será seu cliente. É preciso ter isso em mente quando um projeto começa a ser rascunhado. Antes de uma startup nascer, a melhor atitude que um empreendedor pode fazer é solicitar uma pesquisa de mercado sobre o seu produto. Se o resultado for falho, é preciso mudar e adaptar. Um fracasso nesta fase é excelente para a empresa, pois o impacto é infinitamente menor de quando uma empresa já está no mercado.
Outro grande entrave para o crescimento rápido de uma empresa no mercado é a burocracia. Enquanto nos EUA é possível abrir uma empresa e começar a emitir notas fiscais em cinco dias e em Portugal com a iniciativa “Empresa na Hora” você abre sua empresa no mesmo local e no mesmo dia, no Brasil o tempo médio é de 30 a 45 dias, isso se você contar com o auxílio de um bom contador para te ajudar.
Então se você possui uma ideia inovadora e quer torná-la real, lembre-se: procure a ajuda de um especialista para te orientar, busque outros empreendedores para discutir acertos e fracassos. Você falhará menos e alcançará suas metas em menos tempo com a ajuda de um consultor. E lembrem-se: Conheça o seu cliente!