A inflação na Zona Euro registou uma desaceleração em junho, situando-se em 2,5%, de acordo com dados confirmados pelo Eurostat.
A taxa de inflação na Zona Euro, que inclui os 19 países que utilizam o euro como moeda oficial, recuou de 2,7% em maio para 2,5% em junho, os dados revelados pelo Eurostat confirmam a tendência de desaceleração que tem sido observada nos últimos meses.
O abrandamento da inflação deve-se, em grande parte, à queda dos preços da energia, que, embora continuem elevados, apresentaram uma desaceleração no seu ritmo de aumento, em junho, os preços da energia subiram 12,6% em termos anuais, comparativamente aos 13,1% registados em maio. Esta redução é significativa, dado que a energia tem sido um dos principais impulsionadores da inflação nos últimos tempos, devido a questões geopolíticas e à recuperação económica pós-pandemia.
Além da energia, os preços dos alimentos, bebidas alcoólicas e tabaco aumentaram 0,7% em junho, face aos 0,8% registados em maio. O setor dos serviços, que representa uma parte considerável do índice de preços no consumidor, registou uma ligeira desaceleração, com os preços a subirem 1,2% em junho, em comparação com 1,3% no mês anterior.
Apesar desta desaceleração, a inflação mantém-se acima da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE).
Os dados do Eurostat mostram também variações significativas entre os diferentes países da Zona Euro. A Estónia registou a taxa de inflação mais elevada, com 4,9%, seguida pela Lituânia (4,1%) e pela Letónia (3,7%). Por outro lado, a Grécia e Portugal apresentaram as taxas de inflação mais baixas, com 0,6% e 0,7%, respetivamente.
A confirmação do Eurostat sobre a desaceleração da inflação na Zona Euro para 2,5% em junho é um desenvolvimento positivo, mas a situação continua a ser volátil, energia e os bens de consumo mantêm-se como fatores-chave a observar, e as autoridades económicas deverão permanecer vigilantes para garantir uma recuperação económica estável e sustentada.