Londres, 6 de setembro de 2024 – A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA, na sigla em inglês) emitiu uma objeção formal contra as práticas da Google no setor de tecnologia de publicidade digital, alegando abuso de poder de mercado, segundo a CMA, a gigante tecnológica está a utilizar a sua posição dominante para distorcer a concorrência, afetando negativamente tanto anunciantes quanto editores.
A CMA, que tem intensificado o escrutínio sobre as grandes empresas de tecnologia, argumenta que a Google manipula o mercado ao restringir o acesso a dados essenciais e ao favorecer os seus próprios serviços em detrimento de rivais, este comportamento, de acordo com a agência reguladora, prejudica a concorrência ao limitar as opções disponíveis para os anunciantes e aumentando os custos publicitários.
Em reação às acusações, a Google defendeu-se afirmando que a sua plataforma publicitária proporciona benefícios significativos para as empresas, permitindo-lhes alcançar clientes de forma eficaz, no entanto, a CMA sugeriu que as ações da empresa podem resultar em práticas que menosprezam as oportunidades de outras empresas tecnológicas e restringem a inovação.
A investigação atual surge num contexto de crescente pressão sobre as grandes tecnológicas em todo o mundo, com diversos reguladores a apontar o impacto negativo das práticas monopolistas destas empresas na economia digital, se a CMA confirmar as violações, a Google poderá enfrentar multas substanciais e ser obrigada a implementar mudanças significativas na forma como gere os seus negócios de publicidade no Reino Unido.
Este caso pode marcar um ponto de viragem na regulação das plataformas digitais no Reino Unido, com potenciais repercussões a nível global, à medida que outros países observam atentamente os desenvolvimentos, nos próximos meses, espera-se que a CMA continue a aprofundar a investigação e que a Google apresente a sua defesa em detalhe, num processo que poderá redefinir o panorama da publicidade digital.