O Google alertou que deixará de exibir links para notícias da Nova Zelândia se uma nova lei que obriga gigantes da tecnologia a pagarem por conteúdo jornalístico for aprovada, a medida visa garantir que as plataformas digitais partilhem receitas com meios de comunicação locais, mas a empresa argumenta que a proposta comprometeria o acesso aberto à internet e prejudicaria pequenos editores.
A Nova Zelândia propôs um projeto de lei que exigiria que empresas como o Google pagassem uma compensação justa pelo uso de conteúdo noticioso produzido por veículos locais, a iniciativa, inspirada em uma legislação similar aprovada na Austrália, busca equilibrar o poder econômico entre as plataformas digitais e a imprensa, particularmente em um momento de crise financeira para muitos meios de comunicação.
A legislação foi desenvolvida com o intuito de proteger a sustentabilidade do jornalismo local, algo que em muitos países, grandes plataformas digitais, como Google e Facebook, beneficiam-se da distribuição de notícias sem compensar adequadamente os criadores de conteúdo, exacerbando os desafios financeiros enfrentados pelos meios de comunicação tradicionais.
O Google posicionou-se firmemente contra a proposta, com Caroline Rainsford, diretora do Google Nova Zelândia, afirmando que a empresa seria forçada a interromper a exibição de links de notícias caso a lei seja aprovada, na opinião dela, o projeto impõe uma exposição financeira ilimitada e criaria incertezas comerciais, o que impactaria significativamente os produtos e investimentos do Google no país, o governo neozelandês, por sua vez, ainda está em fase de consulta, avaliando as opiniões de todas as partes envolvidas, embora alguns partidos minoritários se oponham, espera-se que a lei encontre apoio suficiente para ser aprovada.
A suspensão de links para notícias poderia afetar severamente o tráfego de sites de notícias locais, especialmente os pequenos editores, que dependem fortemente de plataformas digitais para alcançar seus leitores, a experiência do Canadá, que aprovou uma legislação semelhante, já demonstrou uma queda acentuada no tráfego de notícias locais, algo que poderia se repetir na Nova Zelândia, trazendo consequências graves para a pluralidade e diversidade da imprensa no país.