As empresas portuguesas enfrentam uma crescente ameaça de ciberataques altamente sofisticados, num contexto agravado pela escassez de profissionais especializados em cibersegurança, a falta de adaptação de diretivas europeias de proteção digital e a proliferação de novas tecnologias têm contribuído para um aumento significativo nos riscos.
A proliferação da Internet das Coisas (IoT) e da Inteligência Artificial (IA) está a transformar os negócios, mas também a abrir novas portas para cibercriminosos, a realidade portuguesa não foge a esta tendência global, recentemente foi destacado que mais de metade das PME do país já reportaram incidentes de ransomware em 2023, ao mesmo tempo que as grandes empresas enfrentam ataques cada vez mais avançados, afetando a sua capacidade operacional e financeira. A Comissão Europeia alerta para a falta de implementação adequada das diretivas de cibersegurança no contexto empresarial, o que agrava a vulnerabilidade do setor.
Empresas e especialistas apelam a medidas urgentes para reforçar a cibersegurança, mas, há um obstáculo significativo a falta de profissionais qualificados no setor, que cria um “vazio” de competências necessárias para prevenir e mitigar estes ataques. Essa escassez já foi apontada por executivos como um dos maiores desafios para a segurança digital em Portugal.
É destacada a necessidade de “investimento prioritário” para modernizar as infraestruturas de TI, especialmente nas PME, que, devido à sua menor capacidade financeira, são frequentemente as mais afetadas pelos ataques. A crescente sofisticação dos ciberataques, aliada à falta de profissionais qualificados, exige um esforço coordenado entre empresas, instituições educativas e do governo para reforçar as competências em cibersegurança e adaptar o quadro legal às novas exigências digitais. Sem essas medidas, as empresas portuguesas continuarão expostas a perdas significativas no futuro próximo.