A Emirates, uma das maiores companhias aéreas do Médio Oriente, anunciou a proibição de pagers e walkie-talkies a bordo dos seus voos, na sequência de uma explosão de dispositivos semelhantes, utilizados pelo grupo militante Hezbollah, no Líbano. A companhia informou que a proibição se aplica a todos os passageiros em voos com origem, destino ou escala no Dubai. Dispositivos encontrados nas bagagens de mão ou despachadas serão confiscados pela polícia de Dubai. A medida foi implementada como precaução face às crescentes tensões na região, com a escalada dos confrontos entre Israel e o Hezbollah.
A proibição imposta pela Emirates reflete a crescente preocupação com a segurança aérea na região, à medida que os conflitos entre Israel e o Hezbollah se intensificam, para além disto, a Emirates anunciou a suspensão de voos para o Líbano, Irão e Iraque, num momento em que Israel intensifica ataques aéreos, e há expectativas de uma possível retaliação contra o Irão pelos seus recentes ataques com mísseis.
Especialistas em segurança no Médio Oriente, como Carmiel Arbit, do Atlantic Council, veem o conflito entre Israel e o Irão como algo que poderá tornar-se uma constante nos próximos tempos. Segundo Arbit, o que está em jogo agora é saber se os confrontos continuarão numa escala limitada ou se poderão escalar para algo muito mais grave, num cenário que a comunidade internacional deseja evitar a todo custo.
Embora a Emirates tenha sido clara na aplicação imediata destas restrições de segurança, a companhia ainda não divulgou mais detalhes sobre a extensão ou a duração da proibição.
Com as tensões a aumentar entre Israel, Hezbollah e Irão, espera-se que a Emirates e outras companhias aéreas continuem a ajustar as suas operações, com novas restrições de segurança a serem implementadas, especialmente em voos para destinos de alto risco. O foco estará em garantir a segurança dos passageiros, enquanto a situação no terreno permanece volátil e imprevisível.