A criptomoeda mais conhecida do mundo atingiu hoje um novo máximo histórico, ultrapassando os 70.000 euros, num momento em que os mercados financeiros reagem aos primeiros sinais que apontam para uma possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas de 2024.
O Bitcoin registou uma valorização de 7%, alcançando aproximadamente 70.022 euros, superando o anterior máximo estabelecido em março. Após atingir este pico, a cotação estabilizou nos 69.089 euros, mantendo ainda assim níveis historicamente elevados.
Esta subida meteórica reflete a confiança dos investidores na postura mais favorável de Trump em relação às criptomoedas, uma mudança significativa face à sua posição anterior. Em 2021, o ex-presidente tinha classificado o Bitcoin como uma “fraude”, defendendo uma maior regulação para proteger os mercados americanos. Contudo, a sua retórica alterou-se substancialmente e em agosto manifestou a ambição de transformar os Estados Unidos na “capital mundial das criptomoedas”.
O impacto dos resultados preliminares das eleições estende-se também a outras moedas. O peso mexicano atingiu a cotação mais baixa dos últimos dois anos, negociando a 20,5260 pesos por dólar americano, uma desvalorização que coincide com as recentes ameaças de Trump de impor tarifas de 25% sobre as exportações mexicanas, justificadas por preocupações com o tráfico de droga.
Em simultâneo, o dólar americano registou uma apreciação de 1,24% face às principais moedas concorrentes, incluindo o euro e o dólar canadiano, evidenciando a volatilidade dos mercados face à incerteza política.
Esta turbulência nos mercados financeiros sublinha a influência significativa que as eleições presidenciais americanas exercem sobre a economia global, com especial impacto nos mercados de criptomoedas e câmbios. À medida que os resultados eleitorais se tornam mais claros, os analistas antecipam que esta volatilidade possa persistir, refletindo a adaptação dos mercados ao novo cenário político que se desenha nos Estados Unidos.
Nota: Este artigo reflete a situação dos mercados no momento da sua redação, estando sujeito a alterações conforme a evolução dos acontecimentos eleitorais.