Existem diversas situações em que podemos precisar de um sócio para nosso negócio. Se você está montando uma empresa do zero e precisa de ajuda, se precisa dividir o investimento, se precisa de um administrador comprometido, etc.
Mas escolher um bom sócio requer muita pesquisa e paciência, visto que uma escolha errada pode leva-lo à falência em pouco tempo. Conhecer a fundo aquele que vai dividir a sociedade com você é fator determinante para o sucesso da sua empresa e/ou empreendimento.
Se sua empresa já está no mercado e você precisa de um sócio para lhe ajudar na administração ou para fazer um novo investimento, fique atento. Nunca opte por um sócio da mesma área que a sua e tão pouco por um sócio que apenas entrará com o investimento. É importante que o sócio exerça um papel dentro da empresa, que ele execute uma função. Se sua empresa é uma oficina mecânica e você gerencia a equipe, pois é formado em mecânica, não adianta chamar um outro mecânico para ser seu sócio. Sua sociedade ficará pobre em conhecimento. Se você é dono de um restaurante e faz a administração do mesmo, não adianta chamar outro administrador para seu negócio. Uma sociedade precisa de diversificação.
Assim, um dono de Oficina Mecânica poderia chamar um Administrador de Empresas para ser seu sócio. Ele continuaria com a gestão da equipe e o administrador ajudaria na gestão financeira da empresa. O mesmo vale para o exemplo do restaurante. O dono de restaurante tem muito mais a ganhar com um sócio que também é chef de cozinha do que com outro administrador.
Mas a função do novo sócio não é o único fator a ser observado e analisado. É importante também conhecer as motivações do novo sócio para entrar na empresa. E ainda mais importante que suas motivações, o seu temperamento.
O mundo dos negócios, seja para a micro ou para a grande empresa é sempre desafiador e requer muita paciência e discernimento para lidar com as mais variadas situações impostas pelo mercado. Um sócio que constantemente está de mau humor, ou que perde a paciência muito fácil, pode lhe trazer mais problemas que soluções.
O novo sócio deve ser alguém que goste de trabalhar e que não veja a sociedade apenas como uma forma de levar dinheiro para casa, mas como uma forma de crescimento pessoal e profissional. O trabalho de todos os sócios devem ser proporcionais, para que um não se desgaste mais que o outro. Se existe uma divisão desproporcional da execução das tarefas entre os sócios porque somente um sabe executá-la, é importante recompensar de alguma forma o sócio que está com a carga maior. Isso evita desgastes, estresse e insatisfação com a sociedade.
Se você planeja abrir uma empresa e precisa de alguém que entre com o capital junto com você, use as mesmas orientações acima. Não procure um sócio que entrará com uma parte do capital e vai apenas participar da divisão anual de lucros. Este tipo de sócio é nocivo para uma empresa que está nascendo e o motivo é simples: o mercado é muito instável e uma empresa sofre pressão de diversas variáveis. Você pode prometer um retorno para o sócio investidor, e agora ele ficará te cobrando constantemente resultados, a fim de atingir a meta proposta. Isso vai tornar a administração da empresa um pesadelo.
Em ambos os casos, é importante que o sócio participe do processo da empresa. É importante que ele possa tomar decisões e ter contato com os clientes. Isso vai ajudá-lo a entender o fluxo financeiro da empresa e também a entender possíveis mudanças de cenário no negócio.
Por fim, procure sócios mais experientes e competentes que você. Todos tem a ganhar com uma união assim. A experiência vale muito mais que o diploma quando se trata de gestão de um negócio. Lembre-se disso!