Cinco ativistas do grupo ambientalista Just Stop Oil, incluindo um dos co-fundadores, foram condenados a penas de prisão devido a protestos que bloquearam a M25, a principal autoestrada que circunda Londres. O veredito foi proferido pelo Tribunal Superior, onde as acções dos manifestantes foram descritas como uma “interferência massiva”.
Cinco ativistas do Just Stop Oil foram condenados a penas de prisão por bloquearem a M25, causando grandes transtornos. As penas variam entre dois a cinco anos de prisão.
O Tribunal Superior de Londres sentenciou cinco membros do Just Stop Oil a penas de prisão por terem bloqueado a M25, uma das principais autoestradas do Reino Unido, como parte de uma série de protestos contra novos projetos de petróleo e gás, entre os condenados está Roger Hallam, co-fundador do grupo, que recebeu uma pena de cinco anos de prisão, outros quatro membros do grupo receberam penas de dois a quatro anos cada. Os protestos ocorreram em novembro de 2022, quando os ativistas subiram em estruturas elevadas ao longo da M25, forçando o encerramento da via e causando atrasos significativos para milhares de automobilistas.
A decisão judicial enfatizou a gravidade da infração, destacando o impacto significativo sobre o público. O juiz sublinhou que os ativistas, ao escolherem o local e a forma de protesto, demonstraram um desrespeito flagrante pela lei e pelos direitos dos outros utilizadores da estrada.
O Just Stop Oil é um grupo ativista que tem realizado uma série de protestos para pressionar o governo a interromper novos projetos de exploração de petróleo e gás, estes protestos têm sido controversos, com alguns membros do público aplaudindo a acção direta para chamar a atenção para a crise climática, enquanto outros criticam os métodos utilizados pelo grupo, considerando-os perigosos e disruptivos.
Após a sentença, um porta-voz do Just Stop Oil afirmou que a decisão judicial não irá deter o movimento. “Continuaremos a nossa luta até que o governo tome medidas decisivas contra as mudanças climáticas. A prisão de nossos membros apenas destaca a urgência de nossa causa.”
A condenação dos ativistas do Just Stop Oil levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre o direito ao protesto e a manutenção da ordem pública. A decisão judicial poderá servir como um precedente para futuros casos envolvendo protestos ambientais, potenciando um debate contínuo sobre as melhores formas de lidar com a desobediência civil em prol do clima.
Enquanto isso, o Just Stop Oil e outros grupos ativistas prometem continuar a sua luta, insistindo que acções radicais são necessárias para enfrentar a emergência climática global.