A Aeroflot, a companhia aérea estatal russa, enfrentou um dos maiores desafios da sua história. Mais de 50 voos de ida e volta foram cancelados, deixando passageiros frustrados e expostos a um cenário de incerteza. O caos foi atribuído a um ciberataque massivo, reivindicado por dois grupos de hackers pró-Ucrânia.
A Aeroflot é uma das maiores e mais antigas companhias aéreas do mundo, viu-se no centro de uma tempestade digital. Os painéis de partidas do Aeroporto Internacional Sheremetyevo, em Moscou, ficaram vermelhos à medida que os voos eram cancelados um a um.
Este incidente ocorreu num período particularmente sensível, durante o qual muitos russos estavam a tirar férias, exacerbando o impacto sobre os passageiros. O ataque não só afetou a logística da companhia aérea, mas também levantou questões sobre a segurança cibernética das infraestruturas críticas russas.
Os dois grupos de hackers pró-Ucrânia que reivindicaram a responsabilidade pelo ataque afirmaram ter infligido um golpe cibernético devastador. Estes grupos, que operam na sombra da guerra cibernética que tem acompanhado o conflito físico entre a Rússia e a Ucrânia, justificam as suas ações como uma forma de resistência e retalição contra a agressão russa.
Os passageiros, muitos dos quais estavam em trânsito ou a começar as suas férias de verão, expressaram a sua fúria nas redes sociais e nos aeroportos. A falta de informação clara e imediata sobre quando os voos seriam retomados aumentou a frustração. Alguns passageiros relataram ter ficado presos em aeroportos durante horas, sem assistência adequada ou alternativas de viagem.
O ciberataque à Aeroflot é um exemplo sombrio de que a guerra moderna não se limita aos campos de batalha físicos. À medida que os conflitos se estendem ao domínio digital, a segurança cibernética torna-se uma prioridade absoluta. Para a Rússia, este incidente é uma chamada de atenção para fortalecer as suas defesas digitais e proteger as suas infraestruturas críticas.