A Austrália decidiu banir o uso do software de cibersegurança da empresa russa Kaspersky Lab em todos os seus sistemas governamentais, alegando preocupações com interferência estrangeira, espionagem e sabotagem. A medida, anunciada por Stephanie Foster, Secretária do Departamento de Assuntos Internos, segue o exemplo de outros países.
A Austrália alinhou-se com os EUA, Reino Unido e Canadá ao proibir o uso do software da Kaspersky Lab em todos os seus sistemas e dispositivos governamentais, a decisão, tomada em fevereiro de 2025, resultou de uma análise de riscos que concluiu que os produtos da Kaspersky representam uma ameaça inaceitável à segurança das redes e dados do governo australiano. Stephanie Foster, Secretária do Departamento de Assuntos Internos, explicou que a proibição foi necessária devido a preocupações com interferência estrangeira, espionagem e sabotagem: “Após avaliar as ameaças e riscos, concluí que o uso de produtos e serviços da Kaspersky Lab pelas entidades governamentais australianas representa um risco de segurança inaceitável”, declarou Foster.
As entidades governamentais têm até 1 de abril de 2025 para remover todos os produtos e serviços da Kaspersky dos seus sistemas, no entanto, podem pedir exceções para uso temporário do software, desde que justificado por razões de segurança nacional ou regulamentares.
A Kaspersky lamentou a decisão, afirmando que não teve oportunidade de abordar as preocupações do governo australiano, a empresa também sugeriu que a medida foi influenciada pelo atual clima geopolítico, e não por uma avaliação técnica dos seus produtos.
Esta proibição reflete uma tendência global de desconfiança em relação à Kaspersky, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Vários países, incluindo Alemanha, Itália e Países Baixos, também tomaram medidas para limitar o uso do software da Kaspersky nas agências governamentais.