Cristais. Aqueles pequenos pedaços de encanto que olhamos com desejo, sem realmente saber porquê, desde há muito muito tempo. Mas afinal o que são eles, e que tipo de magia exercem sobre nós?
Do ponto de vista científico, um cristal é qualquer substância sólida com estrutura interna ordenada (textura cristalina), isto é, os seus constituintes encontram-se organizados num padrão tridimensional bem definido. Assim sendo, o que define um cristal não é o seu aspeto externo, mas o seu arranjo interno constituído por átomos (moléculas ou iões), cuja forma só conseguimos ver ao microscópio.
Olhando para os cristais deste ponto de vista tão cientificamente frio torna-se notório o desvanecimento da magia daquele brilho que nos entra pela alma dentro e nos faz perder nele.
Analisemos então agora um pouco mais a fundo as origens culturais deste fascínio e suavemente começaremos a entrar pelo mundo esotérico que por eles é povoado.
Os Cristais fazem parte do Reino Mineral, o primeiro reino a surgir aquando da formação do Universo. Dado o seu arranjo molecular perfeito (devido à sua estrutura cristalina) possuem um campo eletromagnético de alta frequência que permite alterar a energia do que os rodeia.
Em tempos idos e nas culturas mais antigas do mundo, os cristais desempenharam funções de cura procurando equilibrar o ser humano. Desde esses tempos imemoriais que os cristais se têm constituído como poderosas ferramentas que devolvem o equilíbrio natural do nosso lado físico, psicológico e espiritual.
Mas como funciona esse processo de cura? Através do contacto da energia que sai dos cristais e que se deposita em nós mesmos aquando de uma sessão de cristaloterapia. A energia que sai dos cristais é uma composição dos elementos da natureza e dos raios vibracionais dos próprios átomos constituintes do cristal. Ao transmitirem a sua energia, esta é absorvida pelo corpo físico, desbloqueando-o de tensões, e alinhando os chakras (os sete centros de energia que o nosso corpo possui). Para além disso, também podem ser usados nas práticas de meditações e visualizações, ou invocando-os apenas através dos nossos pensamentos.
Cada cristal possui uma função específica de acordo com seu tamanho e cor. Os cristais mais utilizados na harmonização são os cristais de quartzo (transparente) visto permitirem o alinhamento dos Chakras. Por sua vez os cristais coloridos são usados em cima de cada um dos Chakras, de modo a atingir zonas específicas, como no caso da eliminação de uma dor.
Para se utilizar um cristal não é necessário ser-se terapeuta. Todavia é sim preciso conhecer as técnicas de manuseamento dos mesmos, a fim de evitar certas consequências que podem ser devidas à incorreta aplicabilidade das características de cada um. Assim sendo, se quiser adquirir um cristal, é recomendável que escolha um simples, como o quartzo (transparente). Para escolher o seu cristal basta segurar o cristal nas mãos e sentir a vibração que ele emite, se durante esse processo sentir uma mudança de temperatura nas mãos ou uma espécie de formigueiro este será o cristal ideal para si. Após adquirir o seu novo companheiro de cura, este deverá passar por um processo especial de limpeza e energização, dado que sempre que um cristal entra em contacto com um corpo físico este absorve muita quantidade de energia negativa.
Mas como limpar e energizar um cristal? Fácil. Basta pegar naquilo que pela sua natureza limpa e lava tudo o que quisermos: a água. Tem duas opções: ou coloca água e sal grosso num recipiente de vidro ou plástico e deixa o cristal submerso por 24horas ou mais, ou então deixa que a chuva faça aquilo que ela sabe fazer de melhor que é lavar a terra, e como tal, ao deixar o seu cristal exposto à chuva irá garantir que as suas energias se dissiparam para a terra.
Depois de limpos os cristais não se encontram prontos a usar. É preciso energizá-los e programá-los para o fim que desejamos alcançar. Para isso, depois de lavados e secos, basta deixar os cristais expostos à luz solar ou à luz lunar (basta ser de noite), durante um período mínimo de seis horas, e após este período o seu cristal estará energizado. Para o programar basta apenas estar num ambiente calmo e inspirar bastante amor para dentro do cristal e mentalizar-se do objetivo que quer que o cristal o ajude a cumprir. De cada vez que quiser utilizar o cristal para outro fim basta limpá-lo, energizá-lo e proceder de novo à sua reprogramação.
A utilização dos cristais poder parecer para muitos uma ciência esotérica sem qualquer fundamento e sem validade científica. É fácil negar o que não se conhece e o que parece à primeira vista um regressar aos rituais dos Homem primitivo. A pergunta que se impõe é: Será que o Homem primitivo não estaria mais em contacto com aquilo que nos deu vida e que é a Terra? Será que não devemos resgatar alguns costumes que apesar de parecerem demasiado mágicos, nos podem fazer reconectar com a pessoa que somos e que ficou perdida no bulício agitado da cidade, fazendo-nos muitas vezes adoecer e sentir que não estamos a conseguir acompanhar o ritmo alucinante que o mundo nos quer imprimir?
Os cristais são o mais belo cruzamento da ciência com a espiritualidade. Devido às suas características estruturais (microscópicas e por isso é que não as vemos) permitem fazer passar através dos seus átomos as mais variadas energias que acumulam e descarregam com a maior das naturalidades. O fascínio pelos cristais que nos acompanha há milhares de anos é uma parte daquilo que o nosso corpo intuiu como sendo necessário para o nosso bem-estar. Permitamo-nos a um momento a sós com eles e sintamos o que eles podem fazer por nós.